Artigo – Lei Maria da Penha

Direito de Defesa na Lei Maria da Penha e as Recentes Decisões do STF

A Lei Maria da Penha é fundamental na proteção das mulheres contra a violência doméstica e familiar. No entanto, é essencial lembrar que o acusado também possui direitos constitucionais, como a ampla defesa e o contraditório. A Constituição Federal assegura que todo indivíduo tem o direito de se defender e apresentar sua versão dos fatos, garantindo um processo justo e equilibrado.

 

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou decisões significativas relacionadas a esses direitos. Em 2023, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7267, a Corte determinou que o juiz não pode, sem solicitação da vítima, agendar audiência para que ela desista de processar o agressor em crimes de violência contra a mulher que dependam de sua manifestação.

 

Além disso, em 2024, o STF considerou inconstitucional desqualificar a mulher vítima de violência durante a instrução e julgamento de crimes contra a dignidade sexual e outros crimes de violência contra a mulher. Ficou vedada qualquer menção ou questionamento sobre a vida sexual pregressa ou o modo de vida da vítima em audiências e decisões judiciais.

 

Essas decisões reforçam a importância de equilibrar a proteção às vítimas com os direitos dos acusados, assegurando um processo justo e respeitando os princípios constitucionais.

Para mais informações sobre seus direitos e as implicações legais, consulte um profissional especializado.

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